Coordenador do LAIS afirma que para evitar ‘lockdown’ tem que ter maior comprometimento com isolamento social
maio 14, 2020Para evitar a necessidade do RN ter que decretar o isolamento total obrigatório - ‘lockdown’, algumas medidas devem ser tomadas agora. Para o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) do Hospital Onofre Lopes, da UFRN, e representante do RN no comitê científico do Consórcio Nordeste, Ricardo Valentim, a pactuação e um maior comprometimento das prefeituras, instituições e cidadãos comuns com as regras de proteção previstas no decreto do governo estadual para o enfrentamento à pandemia do coronavírus são condições que antecedem a decretação de ‘lockdown’.
O especialista insiste que a sociedade como um todo precisa compreender a importância do isolamento social: "A taxa de isolamento está baixando, o que é extremamente preocupante. Ficar em casa deve ser compromisso de todos para preservar a sua vida e das outras pessoas. É uma oportunidade de salvar vidas, o que é super importante neste momento e significa a contribuição de cada um com a defesa da saúde pública, do setor produtivo e da coletividade. Só a partir daí poderemos começar a pensar em retornarmos à normalidade".
Ricardo Valentim destacou ainda que as filas nos bancos têm relação direta com o contágio e a consequente lotação dos leitos. Ele defende uma mudança na logística dos pagamentos como forma de criar uma proteção social antes da adoção de medidas de restrição mais radical, como o ‘lockdown’.
Medidas mais restritivas, como prefere Ricardo Valentim usar em substituição ao termo ‘lockdown’, exigem ações duras como a atuação da polícia e do Exército nas ruas, multando pessoas e estabelecimentos. Ele ponderou que "devemos antes buscar reforçar o isolamento com o comprometimento de toda a sociedade".
O coordenador do LAIS explica que o comitê científico do RN estuda e analisa os indicadores da pandemia diariamente. São doze professores pesquisadores e cientistas acompanhando o comportamento do vírus e estudando indicadores como taxa de ocupação de leitos e de isolamento social para orientar a tomada de decisão da administração pública com base em critérios científicos.
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