Polícia Federal deflagrou operação Designer Drug nesta quinta-feira em Natal
fevereiro 22, 2018Fonte: PF/RN |
Trinta policiais federais estão cumprindo dez mandados
judiciais de busca e apreensão e três mandados de prisão preventivas e
temporárias em diferentes regiões da capital potiguar.
As investigações foram iniciadas no ano de 2014, a partir de
apreensões feitas pelos Correios de encomendas tratadas como ‘refugo’,
expressão dada aos objetos postais que não tiveram seus destinatários
encontrados e nem foram recebidos de volta pelos remetentes.
Ao serem submetidas ao aparelho de raios X, as encomendas
revelavam conteúdo suspeito, possivelmente substância entorpecente. Em seguida,
o material era encaminhado para a superintendência da Polícia Federal onde
passava por análise da perícia, ficando comprovado se tratar de uma nova droga
sintética conhecida no mercado internacional como ‘designer drug’ ou ‘legal
highs’. A droga apresentava estrutura química diferente das
substâncias atualmente proibidas, mas com efeito fisiológico semelhante e potencialmente
superior.
Numa outra etapa, o entorpecente era remetido para
consumidores de outras cidades do Brasil através de encomendas postais que
partiam de Natal, sendo que no período da investigação cerca de 54 objetos
suspeitos foram interceptados e analisados, caracterizando o ilícito penal.
Fonte: PF/RN |
Também foi observado que outros objetos postais enviados
para outras cidades apresentavam conteúdo irrelevante. Para a PF deve ser um
artifício utilizado pelo grupo criminoso, com a utilização de ‘iscas’, para
saber se as encomendas chegavam ao seu destino ou estavam sendo retidas pelos
Correios.
Durante o trabalho da perícia, a PF constatou que os insumos
químicos para a fabricação das drogas vinham do exterior, especialmente da China
e da Alemanha. Ao chegarem aqui eram misturados a outros componentes, resultando
nas drogas sintéticas ilícitas.
O nome da operação - Designer Drug - é uma alusão às novas
drogas sintéticas que possuem o mesmo efeito fisiológico dos entorpecentes
proscritos no Brasil, mas que, por sua estrutura química diversa, constituem um
outro tipo de substância não prevista em portaria da Anvisa.
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