Ala do PT/RN diz em nota que “apesar dos perigos, da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta!”
novembro 24, 2013
Mais um capítulo da
novela 'Processo de Eleições Diretas (PED) do PT/RN'.
A chapa ‘Novo Tempo’
divulgou nota sobre o PED do PT/RN.
Em um dos trechos da nota
é afirmado que “a chapa Ousar Lutar Ousar Vencer ocupou a mídia local para
arquitetar uma ilha ideológica, difundindo inverdades...”
A nota é finalizada com o
seguinte texto: “No novo tempo, apesar dos perigos, da força mais bruta, da
noite que assusta, estamos na luta!”
Confira:
PT-PED: NOTA PÚBLICA CHAPA
NOVO TEMPO
A chapa Novo Tempo, que se apresentou para a disputa do PED 2013 no RN com a
disposição de debater a organização do partido no estado, sua interiorização e
enraizamento através do fortalecimento dos diretórios municipais, setoriais e
instâncias de base, uma tática política e eleitoral capaz de elevar o PT ao
papel de partido protagonista no rumo da política potiguar, com a ampliação de
nossa bancada na Assembleia Legislativa, a manutenção de nosso espaço na Câmara
Federal e a inserção do partido na disputa majoritária nas eleições estaduais
de 2014, deparou-se com um processo de disputa interna politicamente rebaixado
e metodologicamente viciado, no qual a máxima de que os fins justificam os
meios foi radicalmente incorporada pela chapa adversária, objetivando a
manutenção do poder a qualquer custo, independente do desgaste da imagem do PT
perante a sociedade e da legítima vontade da maioria dosdas militantes petistas
que participaram do processo e manifestaram o desejo de eleger Olavo Ataíde
presidente do PT no Rio Grande do Norte.
No plano do rebaixamento do debate político, a chapa Ousar Lutar Ousar Vencer
ocupou a mídia local para arquitetar uma ilha ideológica, difundindo inverdades
como um suposto acordão que envolveria inclusive um partido de oposição ao
nosso projeto nacional, responsável pelo caos político e administrativo em
nosso estado materializado no desgoverno Rosalba. Omitiu-se assim o debate
sobre a organização partidária e sobre a incapacidade do grupo que dirige o PT
há mais de uma década fortalecer política e organizativamente nossa organização
partidária em nível estadual.
No que diz respeito ao método, a chapa adversária se utilizou da atual condição
de maioria na Executiva Estadual do PT e de dirigente da Secretaria Estadual de
Organização para desprezar o regulamento do PED e, partindo para o vale tudo,
declarar eleito presidente Eraldo Paiva, candidato derrotado nas urnas.
Tratou-se de uma decisão unilateral, que não foi debatida em nenhuma instância
partidária e que se configura como um grave desvio ético.
Tentando restabelecer a vontade da maioria dos militantes expressa nas urnas do
PED, exploramos uma prerrogativa estatutária e convocamos reunião do Diretório
Estadual para o dia 23 de novembro, com as assinaturas de mais de 50% dos
membros da instância, objetivando analisar e julgar os recursos apresentados
pelas chapas concorrentes em prazo regulamentar. Como resposta, o presidente
estadual do PT em exercício convocou reunião da Executiva Estadual – instância
inferior e responsável por executar as deliberações do Diretório Estadual –
para o dia anterior (22 de novembro), com o nítido objetivo de, em detrimento
da norma e do bom senso, substituir arbitrariamente membros do Diretório
Estadual que não acompanham politicamente as manobras praticadas pela chapa
Ousar Lutar Ousar Vencer sem a renúncia dos titulares, bem como de analisar e
julgar os recursos numa instância inferior na qual poderiam alcançar maioria.
Em resumo, mais uma vez optaram pela negação da política coletivamente
regulamentada em benefício do pragmatismo, do autoritarismo e da desmoralização
do PT perante a opinião pública. Como não poderia ser diferente, nos retiramos
da supracitada reunião da Executiva Estadual.
Esgotada a via do diálogo e da dialética, abdicamos temporariamente de nossa
tradição de debater os problemas do PT nas instâncias partidárias e acionamos a
justiça para tentar impedir mais uma manobra e garantir que o Diretório
Estadual se reunisse com seus membros efetivos, não com uma composição
fabricada artificialmente. A resposta judicial, transcendendo o requerido, foi
a suspensão da reunião do Diretório Estadual.
São tempos difíceis para a militância petista do Rio Grande do Norte. Nossa
energia poderia estar voltada para a construção de um Novo Tempo no PT
potiguar, com mais organização, mais formação política, mais inserção nos
movimentos sociais e mais compromisso com a tarefa de dirigir democraticamente
o PT no RN. A militância petista e a sociedade exigem mais de nosso partido e
de sua direção, por isso não desistiremos de recorrer às instâncias possíveis
para fazer valer o direito e a vontade da militância petista expressa no PED
2013.
Saudamos a disposição militante de cada companheiro e companheira que ousou
rejeitar mais do mesmo e optar pela mudança, mas convocamos cada um e cada uma
a continuar a luta em busca de justiça. Quando dirigentes históricos do PT são
politicamente julgados e condenados através de uma decisão criminosa do STF,
não podemos aceitar que decisões arbitrárias aconteçam no ambiente interno do
PT.
Reafirmamos nosso compromisso prioritário com a reeleição da presidenta Dilma e
com o fortalecimento do projeto nacional liderado pelo Partido dos
Trabalhadores, bem como com a construção de uma tática capaz de fortalecer o
conjunto do PT no Rio Grande do Norte. No novo tempo, apesar dos perigos, da
força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta!
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