Movimento tenta alavancar a reconstrução autêntica do monumento em homenagem a Jesus Cristo Redentor em Assú

março 01, 2024

No próximo dia 12 de julho vai completar um ano do desmoronamento de um monumento erguido na praça São João, no centro de Assú (RN), construído no ano de 1900.

Um movimento composto por cidadãos e cidadãs do município está se mobilizando para solicitar providências para a reconstrução da edificação.

Um artigo escrito recentemente por Gregório Celso Macedo faz um relato do aspecto histórico desse monumento.

Confira alguns trechos do documento escrito por Gregório:

“O local onde hoje está a cidade do Assú, era uma propriedade rural. O dono desta fazenda, fez doação de um terreno para a construção de uma capela em invocação a São João Batista, no ano de 1712. O local no qual situava-se essa capela, era exatamente onde estava o aludido monumento desmoronado no ano próximo-passado”.

“É evidente que, havendo surgido as primeiras edificações em torno da capela que culminaram em formar a zona urbana do Assú, não se pode deixar de admitir tenha sido o local da capela o marco zero da cidade, revestindo aquele espaço de um singular valor”.

“A primitiva capela foi substituída por um templo mais amplo, em 1760, erguido no local onde hoje ainda se situa a igreja matriz da paróquia, mas aquele lugar permaneceu senhor do afeto e das tradições do povo. Tanto que, por ocasião da Independência do Brasil, foi o ponto escolhido pelo grande líder e patriarca assuense Tenente Coronel José Correia de Araújo Furtado para ler o documento oficial dando ciência aos conterrâneos dos feitos de 07 de setembro de 1822. Em razão desse relevante fato, passou o espaço a ser denominado Alto do Império”.

“Aproximando-se o alvorecer do século XX, a sociedade do Assú, sob a liderança de algumas pessoas, teve a inspiração de erguer um monumento que marcasse fisicamente o momento. Embora tratasse de um marco físico, foi provido de um sentido sublime, especial, como expressão da fé do seu povo.
Nesse sentido, indispensável salientar que o monumento foi especificamente erguido em homenagem a Jesus Cristo Redentor, como claramente se comprova pela leitura da sua ata de inauguração: “Monumento comemorativo erigido por uma distinta plêiade de assuenses, em homenagem a Jesus Cristo Redentor”.

“O monumento foi erguido às custas do povo e não pelo Poder Público. Ademais, pelo que se comprova, não foi um ato que apenas traduzia a expressão de algumas pessoas, posto que, como está registrado em sua documento inaugural: “A uma hora da manhã do dia primeiro de Janeiro de mil novecentos e um, ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo e treze da república, no Antigo ‘Alto do Império’, reunindo grande número de povo de todas as classes, entre o qual sobressaiam duas alas de excelentíssimas senhoras”.

“Prosseguindo, relata o documento os nomes dos senhores que capitanearam o feito, mais uma vez ratificando as razões que os instigaram: “Enéas Caldas, João de Macêdo e Palmério Filho, que, à custa de penosos sacrifícios, conseguiram que fosse legado à posteridade um testemunho solene dos sentimentos religiosos e do gênio progressista dos assuenses”.

“Atentos a tais constatações, não pairam dúvidas sobre o cunho religioso que tem o histórico monumento erguido por nossos antepassados”.

“O monumento desde sempre reverenciado pelos assuenses, autêntica expressão da sua fé, foi contemplado com um reconhecimento cívico-legal passando a compor o brasão e a bandeira do Município, por força da lei municipal n.º 06/1969, com desenho de João Marcolino de Vasconcelos”.

Sobre a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo no topo do monumento, Gregório escreveu:

“Conforme já exposto, o monumento é uma homenagem a Jesus Cristo Redentor. Consta, ainda, na referida ata, que o tempo não permitiu, no longínquo ano de 1900, que os grandes assuenses que estavam à frente do projeto providenciassem uma imagem para ser afixada no cume da coluna. Vejamos: “a comissão encarregada da ereção do Monumento que se acabava de inaugurar, pelo pouco tempo que dispôs para empregar os meios necessários, aguardava-se com a pretensão de, em oportuna quadra, promover a consecução da Imagem de Cristo Redentor, afim de ser colocada no alto do mesmo Monumento para maior realce do seu objetivo”.

Em seu artigo, Gregório Macedo apresenta a seguinte conclusão:

“Os fatos acima sintetizados, constituem razões óbvias e, como tais, inquestionáveis para justificar a fidedigna reconstrução, guardando a máxima semelhança com o monumento primitivo, tomando, por fundamento físico, inclusive, a base que remanesceu ao desmoronamento. Evidentemente, com as providências técnicas de segurança que se fizerem necessárias. Em igual sentido, está robustamente constatado o objetivo da construção e o real e sacrossanto homenageado: Nosso Senhor Jesus Cristo. De tal sorte, é certo que uma imagem Sua deva existir no cume do monumento, dando plenitude à sua religiosa e histórica finalidade”.

O Rabiscos do Samuel Junior comenta: esse rabiscador disponibiliza espaço para que os componentes desse movimento de reconstrução do monumento relatem as ações que estão sendo realizadas.

Ficamos na torcida para que o monumento seja reconstruído o mais breve possível.




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