Dois vereadores e um ex-vereador foram presos na Operação Dízimo

junho 18, 2021

Na operação Dízimo, deflagrada em Parnamirim (RN) nesta sexta-feira pelo Ministério Público Eleitoral (Leia matéria publicada ainda hoje), dois vereadores e um ex-vereador foram presos.

Foram presos os vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos, o ex-vereador Alex Sandro da Conceição Nunes da Silva, o ex-chefe de gabinete do vereador e presidente do partido Solidariedade em Parnamirim, Sandoval Gonçalves de Melo, e o diretor do Clube de Futebol Visão Celeste, Danilo Rodrigues Peixoto de Vasconcelos.

Além de presos, os vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos foram afastados dos cargos por 180 dias.

Para o MP Eleitoral, o ex-vereador Alex Sandro, na condição de presidente de fato da associação Proamfa, juntamente com vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos, atuavam diretamente na busca de fontes de recursos para entidade, convencendo vereadores a destinarem emendas parlamentares à associação, a fim de transferir os valores das subvenções sociais e efetuar ajudas de custo, com finalidade de desviar os recursos públicos para finalidade eleitoral.

A atuação do grupo já havia sido alvo de uma outra operação do MP Eleitoral. Dos cinco presos hoje, três já haviam sido denunciados por crimes eleitorais e associação criminosa: Alex Sandro da Conceição Nunes da Silva, conhecido por pastor Alex; Sandoval Gonçalves de Melo, conhecido com pastor Sandoval; e Danilo Rodrigues Peixoto de Vasconcelos, também denominado de pastor Danilo.

Esses três foram alvos da operação Mateus 7:15, deflagrada em novembro do ano passado. Com auxílio do MPRN, foram apreendidos aproximadamente R$ 70 mil em espécie a poucos dias das eleições municipais em endereços vinculados ao ex-vereador.

O Ministério Público Eleitoral vinha investigando supostos abusos dos poderes político e econômico cometidos por pré-candidatos a cargos eletivos no município de Parnamirim. Foi constado que a entrega das cestas na Proamfa era condicionada à apresentação do título eleitoral, justamente, para quantificar os eleitores por local de votação e facilitar visitas aos eleitores posteriormente. Ficou evidenciado o grande número de pessoas cooptadas.

Além disso, a associação Proamfa recebeu recursos públicos do município de Parnamirim, diretamente e através de emendas parlamentares de vários vereadores. A suspeita é que os políticos investigados desviavam verba em benefício da campanha eleitoral deles, em detrimento dos demais adversários, causando forte desequilíbrio da disputa eleitoral e influência na legitimidade do pleito.



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