Pecado Capital: novas ações envolvem parentes de Lauro Maia e de desembargadores
novembro 28, 2014
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN)
ingressou com oito novas ações contra Lauro Maia - filho da ex-governadora Wilma de Faria; seu
ex-sócio, o advogado Fernando Antônio Leal Caldas Filho; o ex-diretor do
Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/RN), Rychardson de Macedo Bernardo; e mais
sete pessoas relacionadas a Lauro Maia e a desembargadores do Tribunal de
Justiça (TJ/RN).
As denúncias apontam irregularidades na contratação ou no
pagamento de seis desses envolvidos: os primos de Lauro Maia, Marcos Maia
Carneiro e Marcos Maia Carneiro Júnior; a filha do desembargador Francisco
Saraiva Sobrinho, Sayonara Rosado da Costa Saraiva; a cunhada do desembargador
Expedito Ferreira, Márcia Gadelha Mascarenhas de Sousa; o sobrinho do juiz
Nilson Roberto Cavalcanti de Melo, Iuri Melo Cavalcante; e Ivanise de Fátima
Medeiros Maia, esposa do assessor do desembargador Amaury de Sousa Sobrinho,
Glênio Lindbergh Lobo Maia, que também é réu.
As irregularidades ocorreram durante a gestão de Rychardson
de Macedo à frente do Ipem/RN, de 2007 a 2010, e foram apuradas dentro da operação
Pecado Capital.
O procurador da República, Rodrigo Telles, que assina as
ações, também remeteu à Procuradoria Geral da República cópias dos autos, a fim
de que, caso entenda cabível, a PGR adote providências para apurar eventual
envolvimento dos desembargadores Expedito Ferreira de Souza, Francisco Dantas
Saraiva Sobrinho e do juiz Nilson Roberto Cavalcanti de Melo.
Uma das ações trata da contratação do comerciante Marcos
Maia Carneiro e de seu filho Marcos Maia Carneiro Júnior, como prestadores de
serviço do Ipem. Os dois eram ‘funcionários fantasmas’ do órgão e são primos de
Lauro Maia. As contratações fictícias foram concretizadas por Rychardson, a
pedido do filho da então governadora e por intermédio de Fernando Caldas Filho.
Já Ivanise Medeiros foi contratada por intermédio de seu
marido, Glênio Lindbergh Maia, parente de Lauro Maia e assessor do
desembargador Amaury de Sousa Sobrinho. Ela também não comparecia para
trabalhar.
Márcia Gadelha, cunhada de Expedito Ferreira, foi uma das
contratadas como prestadora de serviços sem nunca ter comparecido ao trabalho.
Ela assinou dois contratos e um aditivo, entre junho de 2007 a junho de 2009.
Já os casos de Sayonara Rosado, filha de Francisco Saraiva
Sobrinho, e de Iuri Melo, sobrinho do juiz Nilson Roberto Cavalcanti de Melo,
incluem pagamentos indevidos, inclusive de diárias, para completar o salário
acertado por Rychardson com Lauro Maia e Fernando Caldas Filho.
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