Em postagem de hoje no instagram da prefeitura de Assú tem que o município “terá produção recorde de leite. A parceria entre a Prefeitura do Assú e o SebraeTec estão transformando a pecuária local”.
E revela que “em 2025, a produção deve alcançar 200 mil litros, e em 2026 vamos superar os 300 mil litros...”. Veja aí abaixo o texto
original, já que acredito que a postagem ORIGINAL
será editada.
O texto não fala que essa produção é referente apenas aos 15 produtores da bovinocultura atendidos pelo programa.
Mas, basta usar a calculadora para verificar que esse ‘recorde’ é frustrante.
Diria até que os números divulgados estão incorretos. Houve algum 'ruído' na comunicação.
Esse rabiscador fez alguns cálculos para mostrar como esse ‘recorde’ é frustrante.
Caso a gente pegue os 200 mil litros de 2025 e divida por 15 produtores, chegamos a uma produção de 13,3 mil litros por produtor ao ano. Dividido pelo número de dia do ano o resultado é de 36,5 litros/dia por produtor. Considerando uma média de 10 vacas por produtor dá 3,6 litros/vaca/dia.
Alguém pode dizer que o programa começou recentemente e que os resultados vão melhorar no próximo ano.
Então, fazendo o mesmo cálculo anterior, sendo que com 300 mil litros previsto para 2026, chegamos a uma média de 5,5 litros/vaca/dia.
Enquanto isso, dados recentemente divulgados pelo IBGE revelam que Caicó, no Seridó potiguar, continua sendo o maior produtor de leite do estado. No ano passado foram 41 milhões de litros produzidos no município, um aumento de 20,53% em comparação com 2023.
Fazendo uma comparação com os 200 mil litros de 2025, concluímos que a cada 1 litro produzido em Assú são produzidos 205 litros em Caicó.
E aí? O ‘recorde’ é frustrante ou não?
- setembro 25, 2025
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