Compra de lagostas e vinhos pelo STF foi mantida
maio 07, 2019
O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma licitação para
a compra de alimentos de luxo, como lagostas ao molho de manteiga queimada e
vinhos envelhecidos em barril de carvalho francês ou americano. Tem também o fornecimento
de café da manhã, brunch, almoço, jantar e coquetel institucionais, com iguarias
como bobó de camarão, camarão à baiana, bacalhau, frigideira de siri, moquecas
capixaba e baiana e arroz de pato, entre outras.
A juíza federal Solange Salgado, da justiça federal do
Distrito Federal, determinou a suspensão da licitação do STF. Ela afirmou que a
licitação deve ser analisada considerando “a realidade social do nosso país e o
fato de que o Brasil vem enfrentando um período de gravosas dificuldades
econômicas e muitas deficiências orçamentárias, o que atinge a todos”. Para
ela, os objetos do pregão “destoam sobremaneira da realidade socioeconômico
brasileira” e configuram “um desprestígio ao cidadão brasileiro que arduamente
recolhe seus impostos para manter a máquina pública funcionando a seu
benefício”.
Mas, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) cassou
nesta terça-feira, 7, a decisão liminar da juíza. A decisão foi tomada pouco
depois da meia noite, em regime de plantão, pelo desembargador federal Kassio
Marques, vice-presidente do TRF1. Ele atendeu a um recurso da União contra a
decisão da juíza federal Solange Salgado. O desembargador sustenta em seu
despacho que a licitação do STF não é “lesiva à moralidade administrativa”
porque entre as atividades da Corte está o “relacionamento e representação
institucionais”. “Não se trata de mero fornecimento ordinário de alimentação
aos Magistrados daquela Corte, tampouco se destina, a contratação, a todo e
qualquer evento”, afirma o desembargador em relação ao contrato, fechado no
valor de R$ 481,7 mil.
Pois é! E ainda tem quem defenda o sacrifício dos pobres nas
reformas do governo federal. Esse acontecimento na atual realidade em que vivemos
coloca em evidência aquela célebre frase: ‘Pode até ser legal, mas é totalmente
imoral’.
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