Projeto Balde Cheio é tema de reportagem na Folha de São Paulo
junho 15, 2010A agência de Assú do Banco do Nordeste vem liderando ações com outras instituições para implantar o projeto Balde Cheio no Vale do Açu. As prefeituras de Assú, Carnaubais e Ipanguaçu já aderiram a ideia.
Tenho dito aqui no Rabiscos que o Balde Cheio é uma ótima alternativa para dinamizar a economia da região. Será uma ferramenta importante para viabilizar economicamente a atividade leiteira dos associados da Cerval e dos produtores cooperados que vão utilizar laticínio implantado no município do Alto do Rodrigues.
Na edição do dia 10 de junho o jornal Folha de São Paulo mostrou uma matéria sobre o projeto. Leia o que diz o médico-veterinário da Embrapa, Marco Aurélio Bergamaschi:
Com "Balde Cheio", produção de leite aumenta até 15 vezes (*)
10/06 - 00:00
O desempenho da pecuária leiteira nacional ainda é sofrível, apresentando baixos índices de produtividade por animal e por área.
Mesmo com os progressos dos últimos anos e apesar de possuirmos tecnologias para todas as regiões do Brasil, estas chegam de modo incipiente à maioria dos produtores de leite. A principal razão disso é a ausência de uma estrutura de assistência técnica, capacitada e competente, para o produtor rural, principalmente o pequeno proprietário familiar, importante elo da cadeia produtiva do leite. Devido à reduzida produtividade e à baixa remuneração obtida no mercado, boa parte dos produtores está desmotivada.
Para reverter esse quadro, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) criou e vem desenvolvendo o Projeto "Balde Cheio".
O principal objetivo do projeto é viabilizar economicamente a propriedade leiteira, pela incorporação de tecnologias que permitam a redução de custos e a maior produtividade por área e por animal, mas com métodos inovadores.
O diferencial é a forma de trabalho, que consiste na capacitação de técnicos e de produtores, com a transformação das propriedades em "salas de aula" onde ocorrem os treinamentos.
As tecnologias são propostas, discutidas e é combinado um plano de implantação.
Os encontros são frequentes e a propriedade é assistida durante quatro anos, ficando depois independente.
O sítio fica sob monitoramento permanente de um técnico da extensão rural - com supervisão de um pesquisador da Embrapa - e é aberto a visitações.
Essa metodologia inovadora supera muitos dos problemas normalmente enfrentados na transferência, para o campo, do conhecimento gerado nas instituições de pesquisa.
Alguns resultados obtidos com o Projeto "Balde Cheio" são a obtenção de lucro em propriedades que antes eram deficitárias, o aumento da renda do pequeno produtor, a redução do êxodo rural e o aumento de 12 a 15 vezes da produção de leite por hectare por ano.
Cerca de 90% dos produtores conseguiam produção diária inferior a 80 litros no início dos trabalhos. Após a incorporação ao projeto, passaram a produzir de 300 a 1.000 litros por dia.
Os pecuaristas assistidos são pequenos produtores que estavam a ponto de abandonar a atividade e que hoje estão numa situação confortável.
"Ninguém vai ficar rico com pequena produção de leite, mas o pequeno produtor pode multiplicar sua renda, sair da pobreza, usar tecnologia e gerência, viver dignamente e com conforto", como costuma dizer Artur Chinelato de Camargo, coordenador do projeto.
* Marco Aurélio Bergamaschi é médico-veterinário, doutor e supervisor do Sistema de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste.
2 Comentários
samuel que coincidencia, abri meu email hj pensando em vc....kkkkk eu ia pesquisar seu blog p dar uma lida!!será que existe sexto sentido mesmo?? um abraço!!
ResponderExcluirRaquel Ribeiro
Espero que esse projeto encha os baldes e os bolsos dos pecuaristas da região. Rsrsrsrsrsrsrs
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